Para quem vive no universo da pesca esportiva, é nítida a responsabilidade e a importância que tem uma entidade como a CBPE. Porém, você lembra como nós surgimos e quais os nossos principais feitos nesses quatro anos de trabalho?
Para entender melhor essa história, precisamos voltar até o ano de 2018, quando foi percebida a necessidade de regulamentação dos mais de 500 campeonatos de pesca esportiva já existentes no país, ordenando os torneios nos moldes das principais confederações esportivas existentes.
Responsável por fortalecer o reconhecimento do caráter esportivo do pesque e solte, a CBPE teve a primeira diretoria escolhida em março daquele ano. Na ocasião foram apresentadas as metas, os desafios e as propostas da entidade, com a eleição da primeira diretoria da CBPE.
Na sua criação, no dia 12 de março de 2018, entre as perspectivas da Confederação estava o apoio às competições existentes e também o fomento para criação de novos campeonatos.
Uma das grandes propostas era a capacitação dos atletas pescadores para participarem de disputas de pesca esportiva em âmbito mundial. A CBPE foi criada resultado da junção de três federações: A Federação Paulista de Pesca Esportiva, a Federação Gaúcha de Pesca Esportiva e a Federação Candanga de Pesca Esportiva.
Poucos meses depois, em julho daquele mesmo ano, mais um marco importante aconteceu. O Ministério do Esporte certificou a CBPE.
Na época, segundo o diretor do Departamento de Esporte de Base e de Alto Rendimento da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Diego Tonietti, a Portaria 115/2018 que regulamenta o procedimento adotado pelo Ministério para verificação do cumprimento formal das exigências previstas nos art. 18 e 18-A, da Lei nº 9.615/1998, foi mais uma ação da pasta para estabelecer melhores práticas de gestão e governança no esporte brasileiro.
MUITO TRABALHO EM QUATRO ANOS
No ano seguinte, quando foi aprovado o parecer pela Advocacia-Geral da União, autorizando capacitar servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio) e povos indígenas para a realização de projetos de turismo relacionados à pesca esportiva em terras indígenas, a CBPE também estava lá.
A elaboração do parecer se iniciou pela Procuradoria Federal Especializada junto à Funai, com aprovação do advogado-geral da União. O texto autorizou a celebração de um Acordo de Cooperação Técnica entre a Funai e a CBPE. Assim, através da capacitação, os indígenas passaram a ter a chance de oferecer a pesca esportiva, administrando recursos obtidos com a prática em prol de suas comunidades.
Em 2020, a Confederação Brasileira de Pesca Esportiva, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), criou a Portaria nº 91, que regulamentou a pesca esportiva em Unidades de Conservação de Uso Sustentável. Com isso, o esporte passou a ser autorizado em mais de 185 unidades de conservação em todo o país.
A partir desta portaria, foi permitido o pesque e solte seguindo todas as recomendações e necessidades impostas pela mesma. A liberação foi para todos os pescadores, desde que a operação de pesca que o pescador contratar estivesse credenciada e autorizada pelo ICMBio, seguindo normas da portaria.
A pesca passou a ser liberada nessas unidades dependendo da gestão de cada uma, necessitando ter a definição de épocas onde fosse permitida a pesca esportiva, bem como delimitação de locais e petrechos a serem utilizados.
A fiscalização, por sua vez, ficou a cargo da própria unidade de conservação, que passou a ter que precisar indicar qual a estratégia de monitoramento seria adotada para a atividade de pesca esportiva, previamente à implementação da atividade na unidade de conservação.
Em todo esse contexto, a Confederação Brasileira de Pesca Esportiva ficou responsável por auxiliar e facilitar o entendimento das regras, participando dentro da medida do ICMBio e do Governo Federal para implementar um modelo de pesca esportiva dentro dessas unidades de conservação, regido também pela portaria.
Outro passo importante que a CBPE deu para o bem do esporte foi quando a entidade se reuniu com a Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP). Na ocasião, a entidade entregou algumas demandas do setor de pesca esportiva à instituição.
Entre as demandas estavam a revisão de normas para a prática da pesca, com o objetivo de promover a preservação das espécies. Esse pedido estava focado na revisão da Instrução Normativa Interministerial número 9, de 2012, que tratava das normas gerais para a pesca amadora no Brasil.
Na época da pandemia da Covid-19, a CBPE também se mostrou presente. Em 2020, a entidade divulgou uma carta para a comunidade da pesca esportiva. No texto, além de alertar para os cuidados de prevenção contra o coronavírus, a instituição também ressaltou que se solidarizava com os profissionais que utilizam a pesca esportiva como fonte de renda e que estavam sendo afetados na época de isolamento social.
PRÓXIMOS PASSOS DA CBPE
Após muito trabalho, chegamos a este ano, em que a CBPE continua fortalecendo o esporte com 12 federações. Além de estar passando por um processo de organização com a criação de novas federações, quem está imerso neste mundo sabe da importância da Confederação, visto que, com mais de 9 milhões de praticantes e movimentando cerca de um bilhão de reais por ano, a pesca esportiva é o segundo esporte mais praticado no Brasil.
Agora, chancelando o Campeonato Brasileiro em Pesqueiros da Fish TV, a Confederação, segundo o seu presidente Fabiano Ventura Sarmento, tem muito orgulho. De acordo com o presidente, a Secretaria Especial de Esportes, homologando esses pescadores como atletas de alto rendimento, podendo fazer deles, verdadeiros atletas no país, traz ainda mais força para este selo da CBPE que o CBP passará a ter.
Assim, sabemos que tudo que a CBPE realizou nestes quatro anos, só tem a crescer, fortalecendo a entidade e, principalmente, a pesca esportiva.