O peixe atualmente encontra-se na lista vermelha do IBAMA de espécies ameaçadas de extinção
A espécie piracanjuba, atualmente encontra-se na lista vermelha do IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, por esse motivo o projeto Piracanjuba Livre foi lançado, com o intuito de resgatar espécies de peixes ameaçadas de extinção na Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba e criar bases para a constituição de um Corredor de Biodiversidade no rio Piracanjuba.
O projeto tem a coordenação geral do presidente da FEGOPE – Federação de Pesca Esportiva do estado de Goiás, Ary Soares. “Fui analista ambiental do IBAMA por mais de 30 anos. Por minha formação em geografia, com duas especializações e um mestrado, sempre tive forte relação com a temática ambiental. No próprio IBAMA, após ter deixado de ser Superintendente no Estado de Goiás, coordenei enquanto técnico o Projeto de Monitoramento de Peixes do Reservatório da Serra da Mesa. Ao me aposentar em 2018 fui convidado a assumir a função de Diretor Executivo do IDESA – Instituto de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental . Em 2020 a Enel – Entidade Nacional de Eletricidade, colocou em licitação a continuidade do projeto Piracanjuba Livre – Paranaíba Vivo, que já tinha tido uma das fases realizadas. Com isso, o IDESA ganhou uma licitação e coube a mim estruturar as estratégias e equipes para execução”, conta.
Dessa forma, Ary, o presidente da FEGOPE, acabou entrando como coordenador desse importante projeto para o meio ambiente. Ele ainda conta que esse projeto é de interesse da Federação, pois é importante os peixes, especialmente os considerados esportivos, como o caso da piracanjuba, voltem a ser abundantes nos rios.
A escolha pela espécie, deve-se ao fato de que além de ameaçada, ela também é considerada uma espécie-chave ou espécie bandeira, ou seja, todos os esforços para a preservação dessa espécie é para contribuir com que outras espécies de peixes também sejam beneficiadas. O projeto também visa adotar estratégias de conservação sinergéticas, combinando um banco genético com tecnologia de propagação artificial e identificação genética para constituir um banco genético da espécie.
Outra vertente do projeto, é também a sistematização, por meio de geoprocessamento de informações remanescentes de vegetação nativa. Atividade desenvolvida pelo Departamento de Geografia do Campus Sudeste da Universidade Estadual de Goiás. Essa ação visa subsidiar a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural e outras categorias de unidades de conservação.
